quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Ser filho de Òrìsá


Imagens do Ilê Oxossi (parceiro do Facebook)

"Ser filho de Òrìsá é saber amar, perdoar, 
esquecendo a ofensa do irmão que magoou, 
é transformar a própria dor em sentimento de alegria,
é procurar adquirir cultura, instruindo-se para poder instruir. 
É possuir mente e coração brilhantes para iluminar caminhos obscuros e pedregosos, 
é estar indiferente a elogios e imunes a críticas de pessoas incompreensivas. 
É agradecer aos guias que o escolheram para servi-lhes de intérprete, é entoar cânticos de louvor aos Òrìsás que lá do alto também socorre.
É constituir-se como tábua de salvação a irmãos naufragados no mar do desespero, é carregar a bandeira da fé com entusiasmo e dedicação.
Somos filhos de Òrìsás!!"

Fonte: Desconhecida


Awa o soro ilé  wa o  Awa o soro ilé wa o
Esin kan o pe, O yee,
Esin kan o pe ka wa ma’ soro
Awa o soro ilé wa o,
Eni to ba fe,
Ko yan wa lodi! Awa o soro ile wa o!

(Vamos honrar a religião dos nossos ancestrais)
Nenhuma religião pode dizer o sim,
Nenhuma religião pode dizer,
Não devemos parar de adorar o nosso Òrìsá.
Quem quiser pode adorar, quem quer pode saudar.
Deixe reverência à religião de nossos antepassados.)

Ìbà o! (saudações).



Diplomação de Terreiros

Por não ter tido tempo de postar anteriormente, queria deixar registrado aqui neste blogger, uma grande conquista do meu Ilè Asè, hoje devidamente legalizado.

A Coordenadoria do Mutirão de Legalização das Comunidades Tradicionais de Terreiros do Estado do Rio de Janeiro, em parceria com Centro Cultural Agué Marê, realizou no último dia 21/11/2011, no Teatro Armando Melo em Duque de Caxias, a entrega dos Diplomas aos Terreiros, Instituições e Ministros Religiosos do Estado do Rio de Janeiro. Cerca de 200 pessoas compareceram ao evento, que contou como mestra de cerimônias, a Prof. Valeria Teixeira.

Na oportunidade, foram discutidos temas sobre a intolerância religiosa e a educação.

Para maiores informações sobre a legalização de terreiros e instituições, somente com hora marcada através dos telefones: (21) 2675-0615, (21) 9327-0094 ou (21) 9879-8707 com a Prof. Valeria Teixeira.

Fotos do Evento:
Profa. Valeria Teixeira (Mutirão de Legalização)
Entrega da documentação dos Bàbálòrìsás Wanderlei de Sàngó e Karlos de Òsún
A guerreira e amiga Prof. Valeria Teixeira

Mais uma Instituição sendo reconhecida
Profa. Valeria Teixeira e o guerreiro Carlos Alberto Caó Oliveira
Recebendo pelas mãos do Grande Caó a minha diplomação
REALIZANDO UM SONHO!
Meus agradecimentos por poder participar desse momento histórico
Ao lado do querido amigo e companheiro de luta - Bàbálòrìsá Karlos de Òsún
Novamente ao lado de gente querida - Bàbá Karlos e Mãe Fátima
O Guerreiro Caó e o irmão Bàbálòrìsá Yango de Obaluwàiyé
Carlos Alberto Caó e plenário
Orgulho total!
Auditório
Exemplo a ser seguido: Profa. Valeria Teixeira e Carlos Alberto Caó Oliveira
Entrega da diplomação do Bàbálòrìsá Fábio de Òsógiyan
Tonho Chave de Ouro, eu, Bàbálàwó FOLA OLUDARE AYODELE e Mãe Fátima

Ter mão próspera



Ter mão próspera é saber preparar seus omo-òrìsá para o culto de modo que os faça compreender a importância e a seriedade de sua religião — por inteiro.

Ter mão próspera é saber preparar seus omo-òrìsá para a vida de modo que sejam pessoas decentes.

Ter mão próspera é conseguir equilibrar a vida das pessoas de modo geral, sejam quem forem.

Ter mão próspera é saber conduzir o egbé como se estivesse semeando um jardim para o futuro e conseguir que as sementes brotem, cresçam e floresçam.

Ter mão próspera é amar òrìsá acima de tudo e conseguir invocá-los do orún ao àiyé sem medo, mentiras ou interesses escusos.

Ter mão próspera é ser respeitado(a) pelas divindades como um veículo espiritual em quem se pode confiar.

Ter mão próspera é saber ser ponte segura.

Fonte: Desconhecida

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Terreiros de portas abertas para a Cidadania

Mãe Meninazinha de Oxum (Anfitriã)
No dia 12 de Janeiro de 2012, foi realizado o Encontro Estadual Religiões Afro-Brasileiras e a Promoção da Saúde no Rio de Janeiro: Corpo, Sexualidades, Prevenção do HIV-AIDS e Direitos Humanos, no Ilê Omulu Oxum -  Rio de Janeiro. 
Deu-se a continuidade às discussões sobre a epidemia de HIV-Aids, valorizando aspectos relacionados aos modelos de cuidado e acolhimento da tradição religiosa de matriz africana, a importância da participação social e da garantia dos direitos humanos, assim como o fortalecimento do diálogo entre os terreiros e o Sistema Único de Saúde.
Tal evento contou com a realização da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde e do Ilê Omulu Oxum.
Com o apoio: Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro/Gerência de DST-Aids e Ministério da Saúde/Departamento de DST-Aids e Hepatites Virais.

 A programação do evento como mesa de abertura contou com a participação de Mãe Meninazinha de Oxum – Ìyálorixá do Ilê Omulu e Oxum (anfitriã do evento); José Marmo da Silva – Coordenador da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde; Willian Lyra – Superintendente de Políticas de Promoção da Igualdade Racial - SUPPIR Meriti.

Na sala de conversa 1 - O tema foi:  As religiões de matrizes africanas e a arte de cuidar. Com a coordenação da mesa de Mãe Edelzuita de Oxalá, e a participação de Egbomi Vanda Machado do Opo Afonjá de Salvador e a brilhante e encantadora participação de Mãe Beata de Iemanjá – Ilê Omi Ojuarô - RJ.

Também em continuidade as salas de conversa, foi debatido o tema: Corpo, Sexualidades e suas interfaces com as religiões de matrizes africanas, com os argumentos do Babá-Egbé Adailton Moreira – Assessor para o Enfrentamento à Intolerância Religiosa SUPERDir/SEASDH, e da Professora Helena Theodoro, mesa esta, coordenada por Pai Renato de Obaluaiê.

Após pausa para o almoço servido aos participantes do Seminário, os debates foram retomados com a sala de conversa 3, abrangendo o tema: Religiões de matrizes africanas e a epidemia de HIV-Aids: desafios e perspectivas nas experiências de gestão no SUS, que contou com a participação de Ekédji Iná Meireles – Hospital Universitário Pedro Ernesto; Pai Celso de Oxaguian – Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, tendo como coordenador, o  Babá Dyba de Iemanjá – Porto Alegre. E encerrando o incrível evento com a última mesa, a discussão foi sobre o tema: HIV-Aids: Participação Popular e Direitos Humanos, com a partipação de Ogan Nilo Fernandes - FIOCRUZ; Veriano Terto - Associação Brasileira interdisciplinar de Aids, coordenada por Mãe Torody de Ogum.

Essa iniciativa tem o propósito de agregar as diversas expressões das religiões de matriz africana no Brasil, constituindo assim, os terreiros como espaços de resistência cultural negra, que funcionam também como pólos de difusão de informações e troca de saberes.

A participação de lideranças dos terreiros, sucessores e sucessoras que preservam a força e o carisma da tradição religiosa, tem como objetivo o reconhecimento dos terreiros como espaços promotores de saúde, realização de atividades de promoção de saúde valorizando a visão de mundo dos terreiros e o fortalecimento do controle social de políticas públicas de saúde pelo "Povo do Santo". Reconhecendo que na cultura dos terreiros, o corpo é a morada dos deuses e deusas, e por isso deve estar sempre bem cuidado, pretende-se ampliar a integração dos terreiros com os serviços de saúde locais, na perspectiva do acesso e da garantia do direito humano à saúde.

Fotos do Evento:


Mãe Meninazinha, Mãe Edelzuíta e Mãe Nalva

Mãe Meninazinha e Mãe Nilce
Mãe Meninazinha, Mãe Edelzuíta, Mãe Nalva e Mãe Beata
Mãe Meninazinha de Oxum


Adailton Moreira e José Marmo
Mãe Meninazinha de Oxum e Mãe Beata de Yemanjá
Mãe Meninazinha, Mãe Beata e Mãe Edelzuíta
Mãe Nilce e Mãe Meninazinha
As grandes Ìyálòrìsás
Mesa de Debates 1
Mesa de Debates 2 - Mãe Beata, Mãe Edelzuita e Egbomi Vanda
Mesa de debates 3 - Profa. Helena Theodoro, Adailton Moreira e Pai Renato
Participantes do evento - Povo do Santo      

Eu e Adailton Moreira
Ekedji Iná, Bàbá Dyba de Yemanjá e Bàbá Celso de Osogiyan
José Marmo, Mãe Beata e Bàbá Dyba
Pai Zezito, Mãe Meninazinha, Mãe Palmira e Mãe Torody