sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

A iniciação no Candomblé


A iniciação no Candomblé é um processo extremamente complexo e lento, além de ser um assunto que tem muitas restrições para ser discutido publicamente. Assim como há muitas variações associadas à própria palavra que identifica a Religião dos Òrìsà no Brasil – Candomblé, há também diversos tipos de iniciação. Estes tipos classificam-se, basicamente, em iniciação de adosù e de não adosù. Apenas para exemplificar, há dois conhecidos exemplos de iniciados que podem ser classificados como “não adosù”: os Ogan (homens) e as Ëkëdi (mulheres), também chamadas Ajòyè – como lembra Reginaldo Prandi – Prof. Titular de Sociologia na USP. Nestes dois casos, o(a) seguidor(a) é escolhido por um Òrìsà manifestado durante uma cerimônia de Candomblé e, após um dado período, é confirmado(a). Os iniciados “não adosù”, ao contrário dos adosù, não podem iniciar outras pessoas e têm suas obrigações/tarefas muito bem delimitadas dentro do lado brasileiro da religião, que tem como filosofia o princípio de que não é possível dar a ninguém aquilo que não recebemos, ou seja, aquilo que não temos para dar.
O Prof. Prandi nos ajuda a esclarecer um pouco mais esta questão de iniciados “não adosù, dizendo que um Ogan ou uma Ëkëdji também tem a opção de ser iniciado na condição de adosù, permitindo que no futuro este Ogan ou Ëkëdji venha a desempenhar a função de Bàbálórìsá ou Ìyálórìsà, respectivamente. Ele ainda acrescenta que iniciação e confirmação são conceitos totalmente distintos, uma vez que a confirmação tem o objetivo de transmitir um Oyè a um iniciado.

Sem o objetivo de negar a importância daqueles que não estão classificados como adosù, vamos dedicar este tópico à exploração da iniciação dos adosù, uma vez que é este o único caminho que pode elevar um seguidor à condição de Ìyálórìsà ou Bàbálórìsà – o mais alto cargo dentro da hierarquia de uma casa de Candomblé. Tudo, exatamente tudo, dentro de uma casa de Candomblé deve ser feito com a autorização ou sob o comando da Ìyálórìsà ou Bàbálórìsà que, como já mencionado, foi iniciado(a) na condição de adosù.
Outro fator que deve ser considerado é que, nos primórdios do Candomblé, um homem não tinha o direito de ser iniciado na condição de adosù, somente como Ogan (nesta concepção, “não adosù”). Esta regra até hoje é seguida naquela que é considerada a matriz das casas de Candomblé – a Casa Branca do Engenho Velho em Salvador. O tempo passou, a religião evoluiu e, por razões que fogem ao escopo deste artigo, os homens começaram a ser iniciados como adosù e, para simplificar o texto, a partir deste ponto vamos deixar de usar o gênero das palavras, passando a utilizá-las apenas no masculino em português e feminino nas poucas palavras Yorùbá que utilizaremos. Até lá, vamos prosseguir com o assunto iniciação que, daqui em diante, fará referências somente às informações relevantes da iniciação dos adosù.
Diversos são os caminhos (motivos) que levam uma pessoa a ser iniciada. É praticamente impossível relacionar todos caminhos, já que eles podem ser diretamente proporcionais ao número de pessoas iniciadas até hoje, mas há uma frase que a Ìyálórìsà Kasarandé não cansa de repetir e que muito bem reúne estes vários caminhos: “Ou você chega aos Òrìsá pelo amor, ou pela dor”. Em outras palavras, há pessoas que têm que ser iniciadas, outras o são simplesmente porque assim quiseram e os Òrìsà concordaram, ou seja, estas últimas poderiam esperar o tempo que os Òrìsà julgassem necessário para serem iniciadas – o que poderia significar uma vida inteira, mas preferiram fazê-lo simplesmente porque amavam a religião. E se há um componente que é desejável para um seguidor ser iniciado, este ingrediente é o amor, o qual teórica e automaticamente conduz à dedicação.
O seguidor da Religião dos Òrìsàs – iniciado ou não, adosù ou não, pode e deve ser considerado como omòrìsá – palavra que deve ser dita com muito orgulho diante da sociedade por aqueles que seguem o Candomblé, tal qual fazem os seguidores de outras religiões quando se classificam quanto à religião que praticam. Após esta consideração, temos que classificar o omòrìsà quanto à sua condição dentro da religião – iniciado ou não iniciado. Até que ele seja iniciado, ele será classificado como abíyán.
O Bàbálórìsà Funjiala colabora, definindo abíyán como sendo uma classificação pré-iniciática, ou seja, para alçancar este primeiro degrau, o abòrìsà precisa ter sido submetido a, pelo menos, o ritual de börí. Definida esta classificação, então teremos os abòrìsà “não iniciados” e os omòrìsà que já passaram pelo böri, os abíyán.
Só para confirmar com outras palavras o que já dissemos anteriormente, o abíyán poderá ficar uma vida inteira nesta condição se assim os Òrìsàs desejarem. Por outro lado, se os Òrìsàs decidirem pela iniciação, durante um Candomblé (neste contexto, a cerimônia pública) este abíyán poderá “bolar no santo” – expressão que o Bàbálórìsà Funjiala define como sendo a primeira manifestação física do Òrìsà, a qual tomamos a liberdade de acrescentar à nossa definição inicial de “manifestação física que diz que o omòrìsà deve ser iniciado o mais breve possível”.

Após a definitiva decisão sobre a iniciação, a Ìyálórìsà determinará através do jogo quando o processo terá início. Definida a data, que muito tem a ver com o Òrìsà do futuro iniciado, com as determinações do Òrìsà dono da casa e outras tantas implicações, o abíyàn apresenta-se, pela última vez nesta condição em toda sua existência, diante da Ìyálórìsà. A partir deste momento, ele deu início a um processo que durará SETE anos na esmagadora maioria das nações, familias e casas.
Ele vai ficar hospedado na casa de Candomblé por aproximadamente três semanas, tempo este dependente da casa, família e do próprio Òrìsà do iniciado. Inicialmente, por alguns dias (ou até horas) ele simplesmente descansará. Após este período, será dado inicio a um processo de limpeza física e espiritual, através de banhos rituais (àgbo) e sacrifícios (ëbö), que poderá demorar mais alguns dias.
Feita a “limpeza”, ele será colocado no hunkö – quarto sagrado, de onde só sairá para as cerimônias em outros aposentos do ilé àsë ou locais externos sagrados (p.ex.: mar, cachoeira, mata, rio, etc.). A partir deste momento, o omòrìsà abandona a condição de abíyàn e passa a ser classificado como ìyàwó – noviça, literalmente, “a mais nova esposa”.
Em seguida ele será submetido ao ritual do börí, o qual alimentará um dos mais importantes Òrìsà – Orí. Através da “alimentação” deste Òrìsà, o ritual tem o objetivo de pedir a sua autorização para “trabalhar” com a cabeça da ìyàwó, uma vez que não é possível realizar qualquer cerimônia pessoal relacionada aos Òrìsàs sem antes pedir a permissão de Orí. Uma vez que Orí foi devidamente reverenciado, é hora de iniciar o tratamento do Òrìsà ancestral da ìyàwó.
Segundo a tradição Kétu, até 10 omòrìsà podem ser iniciados em conjunto, o que nunca significa que o serão simultaneamente, pois a iniciação está intimamente vinculada ao Òrìsà de cada pessoa e somente a Ìyálórìsà poderá realizar a cerimônia principal. Com base nestes fatos, entendemos que somente um omòrìsà poderá ser iniciado dentro de um mesmo espaço de tempo. Por outro lado, as cerimônias preliminares e posteriores à iniciação poderão ser feitas de forma simultânea e, por isto, o período é normalmente aproveitado para iniciar mais de uma pessoa. A este grupo de noviços damos o nome de barco, sendo que cada membro, por ordem sequencial (na maioria dos casos, de acordo com a ordem ritual dos Òrìsà ancestrais), recebe um dos seguintes nomes:
Dofono
Gamotin
Dofonitin
Vimo
Fomo
Vimotin
Fomotin
Domo
Gamo
Domotin



A iniciação é algo muito particular de cada Òrìsà, por isto cada ìyàwó tem seus próprios rituais de iniciação, de acordo com as tradições da nação iniciática. Porém, o básico é feito em todos. Este “básico” consiste na raspagem da cabeça e na abertura de incisões (através de métodos compatíveis com cada Òrìsà) em diversas partes do corpo da ìyàwó. Estas incisões (gbere) têm o principal objetivo de inserir o àsë – um preparado que determinará a ancestralidade da ìyàwó. Entre estas incisões está a principal de todas – o Osù, que é feita ao alto da cabeça e que o iniciado portará enquanto estiver no àiyé (espaço ocupado fisicamente pelos seres viventes).
Na tentativa de tornar um pouco mais clara a importância do Osù, citamos Dra. Juana Elbein dos Santos e seu livro Os Nàgó e a Morte, onde diz: “… a Ìyálàlàsë transfere e planta o àsë na noviça por intermédio de um ciclo ritual que culmina quando, no centro da cabeça da ìyàwó, ela coloca e consagra o Osù…”. Mais adiante ela escreve “Falecida a olórìsà, qualquer que seja sua hierarquia, deverá proceder-se a retirar seu Osù por meio do qual, precisamente, a individualização, o nascimento da adósù foram possíveis. Um sacerdote altamente preparado manipulará sua cabeça de maneira que retire os cabelos do lugar onde o Osù foi plantado…”.
Durante esta importante fase da iniciação, tudo sempre é feito sob a tênue luz de vela (quando o Òrìsà da ìyàwó não exige outro tipo primitivo de iluminação), ao som de cantigas específicas para o momento e diante de olhares das poucas pessoas autorizadas pelo Òrìsà, seja ele da ìyàwó, da casa, da Ìyálórìsà e até mesmo do próprio participante.
Feito isto, será dado início aos sacrifícios animais necessários para o Òrìsà da ìyàwó. Ao contrário do que a grande maioria pensa, segundo a tradição Kétu, animais não são sacrificados sobre a ìyàwó, pois acredita-se que o calor do sofrimento causado pela morte do animal não deve nunca atingir o omòrìsà. Há métodos específicos e pessoas especialmente determinadas para que não seja estabelecido um elo entre o sofrimento físico do animal sacrificado e a pessoa diretamente envolvida no ritual, exceto no que diz respeito a alguns poucos animais.
Um a um, as ìyàwó são submetidas ao processo de iniciação, que pode durar horas que parecem nunca acabar, dependendo do tamanho do barco – grupo de iniciados.
Apesar de já serem chamados de ìyàwó, eles ainda terão uma dura fase pela frente. Com o mais básico comportamento sempre atrelado aos seus Òrisàs ancestrais, eles ainda terão muitos dias de convivência com a ajíbona que, além de ensiná-los como se comportarem diante de seus mais velhos, continuará ensinando as rezas, as danças, etc. Eles ainda serão apresentados por sete vezes àqueles da sua família que estiverem interessados em conhecê-los. Dependendo do Òrìsà, durante estas apresentações serão pintados com wàji (azul), òsún (vermelho) e ëfun (branco) demonstrando sua ascendência e também para que as àjes (entidades feiticeiras) não se aproveitem deles, não os persiga.
Finalizados os procedimentos internos de iniciação, é chegada a hora da cerimônia pública. Aliás, todos grandes rituais do Candomblé culminam em cerimônias públicas, que assumem o papel de confirmadoras do ocorrido, de preferência com a participação de pessoas de outras casas e até mesmo outras famílias. A presença de pessoas pertencentes a outras nações em uma saída de ìyàwó é considerada uma grande honra e, normalmente, terão peso imensurável na escolha da Ìyálórìsà para aquele que tirará o nome da ìyàwó.
Dependendo da casa, a cerimônia pública será precedida por novos rituais que incluem novos sacrifícios. Há até mesmo casas/famílias que realizam o ritual/sacrifício finais poucos minutos antes da primeira apresentação pública. Mas, hoje em dia, devido à grande especulação, ou os ìyàwó saem cobertos por um tecido branco nesta primeira apresentação, ou já o fizeram na madrugada anterior. Queremos dizer que o ápice da iniciação – que consiste na apresentação do Osù (objeto ritualístico altamente sagrado) em público, é atingido de uma forma mais discreta do que o era antigamente. Na atualidade, é mais difícil ver um Osù em cerimônias públicas.
De qualquer maneira, o final desta fase inicial será uma cerimônia pública onde os ìyàwó mostrarão por três vezes que nasceram para uma nova vida, será o Öjo Orúkö Ìyàwó.
Na primeira vez, eles serão apresentados vestidos de branco, pintados de branco (ëfun) com o èkódídë (pena ritualística, um dos símbolos da iniciação) amarrado na cabeça por palha da costa. Na frente deles estará a ajíbona estendendo a ëní – esteira, para que eles “batam pawò" para os locais sagrados da casa e apresentem o dobále (Òrìsà masculinos) e o yìnká (Òrìsà femininos) para a Ìyálórìsà.
Na segunda vez, as roupas serão coloridas, assim como as pinturas que abusarão do vermelho (òsún) e azul (wáji), dependendo do Òrìsà, mostrando a sua ancestralidade através de traços bem definidos. Na verdade, desta vez, a apresentação é bem mais rápida.
Na terceira vez, as roupas já serão as características de cada Òrìsà, ou seja, eles estarão vestidos em belas roupas que revelam os atributos, lembram a história, de seu Òrìsà.
Na segunda saída, dependendo da casa, após os cumprimentos rituais, os ìyàwós serão expostos ao público na ordem hierárquica do barco e a Ìyálórìsà oferecerá cada um deles para que alguém de outra nação, casa, família (normalmente nesta ordem), peça para que o Òrìsà revele publicamente o nome Yorùbá que o iniciado recebeu.
Na terceira saída, os Òrìsà estarão preparados para comemorar os novos nascimentos, pois este é o objetivo da iniciação – nascer para dentro da religião, através das danças rituais. Dependendo do número de ìyàwó, os Òrìsà podem dançar até os raios do sol invadirem o barracão.
Muito bonito sem dúvida, mas engana-se quem pensa que a iniciação acabou. Esquecemo-nos de mencionar que o Kèle – o colar sagrado, foi colocado no pescoço da ìyàwó durante o processo de iniciação. É importante notar que o termo “colar” é utilizado apenas para facilitar o entendimento, pois, apesar de ser colocado no pescoço, o Kèlè não pode ser removido, exceto através de ritual específico. Dependendo da casa, da família, o Kèlè deverá ser carregado por 12 semanas, lembrando que a ìyàwó deverá respeitá-lo evitando todos prazeres mundanos, tais como sexo, álcool, tabaco, etc., além de uma série de proibições – èwó, inerentes a esta fase primária da iniciação. Hoje em dia, na tentativa de tornar o Kèlè objeto de respeito máximo, muitas Ìyálórìsà não deixam seus ìyàwós entrarem para a vida social portando o colar sagrado – preferem tirá-lo do pescoço dos seus filhos antes que estes partam para a vida moderna que os aguarda lá fora. Mas isto não significa que eles estarão livres dos èwó! Talvez eles sejam liberados para comer com talheres em um almoço de negócios, mas isto poderá ser o máximo permitido, pois dormir no chão sobre a ëní e as rezas antes das refeições que não sejam exigidas pela vida profissional continuarão sendo algumas poucas das suas muitas obrigações para com os Òrìsàs. Alguns èwó, dependendo do Òrìsà, da casa, da família, etc., não estarão limitados somente ao período do Kèle, ou seja, deverão ser respeitados por toda vida do iniciado.

Como ensinado pela ajíbona, enquanto eles forem ìyàwó, eles jamais poderão sentar no mesmo nível que os irmãos mais velhos, nem olhar diretamente em seus olhos. É a hierarquia intrínseca ao Candomblé (ou seria à cultura Yorúbà ?) se mostrando: um irmão mais novo não deve nunca ficar acima (fisicamente) de um irmão mais velho. Ao contrário das demais culturas, o “olhos nos olhos” só funciona para pessoas do mesmo nível hierárquico, os que estão abaixo devem sempre olhar para o chão. Esta educação inicial mostrará quem é a pessoa para o resto de sua vida dentro da religião.
Passado o período do Kele, o iyàwó, teoricamente, entra em seu ritmo social normal até o primeiro ano, quando então cumprirá com novas obrigações chamadas de ödún kíni. Depois precisará cumprir com suas obrigações aos três anos (ödún età). Há casas onde também são cumpridas obrigações no quinto ano. Finalmente, vem as obrigações que são a confirmação final da iniciação e que são feitas aos sete anos (ödún éje), quando então a ìyàwó se tornará um Egbon (mais velho) através de uma cerimônia pública, onde poderá receber o conjunto de simbolos da maioridade, comumente chamado de Deká. A partir daí, o Egbon, ou Egbonmi, como é normalmente chamado, estará apto a abrir sua própria casa, caso este seja seu caminho (definido no momento da sua concepção e revelado pelo jogo de búzios), dando origem à sua própria família com base nos ensinamentos que adquiriu durante os sete anos de iniciação, de aprendizado inicial. Durante o referido período, é esperado que ele tenha sido submetido a, e estado presente em, rituais suficientes para que esteja habilitado a, pelo menos, interpretar corretamente as caídas dos búzios, pois muito do que praticará de agora em diante, aprenderá à medida que os Òrìsà digam que ele precisa iniciar os omòrìsà que cruzarem seu caminho.
Aqueles que não têm o “caminho” para assumirem a função de Ìyálórìsà, de abrirem suas próprias casas, continuarão atuando dentro daquela onde foram iniciados, podendo receber nesta cargos e/ou títulos (Oyè) que determinarão os seus papéis junto à sua família. Nesta condição, além das classificações já expostas, estes omòrìsà passarão também a ser classificados como Oloyè.
Conforme define o Prof. Prandi, “receber um Oyè geralmente implica sentar na cadeira (cadeira, trono, representava na África que o indivíduo tinha alta posição social, assim como usar o eru (espanta mosca), o guarda-sol e outros símbolos de prestígio e poder). A confirmação é o ato em que o pai-de-santo ou Òrìsà senta o Oloyè na cadeira, para indicar que ele agora tem status alto, posição elevada, etc. naquele Ëgbe (comunidade)”. Ele adiciona ainda que, ao abrir sua própria casa, a Ìyálórìsà não perde o vínculo com a casa onde foi iniciada, podendo, inclusive, manter um Oyè recebido previamente naquela casa, ou até ser confirmada para um Oyè naquela ou em outra casa após ter constituído sua própria família.



Fonte: http://povodosanto.wordpress.com

Um comentário:

  1. É por isso q amo esta senhora......
    Dona de uma sabedoria inigualável
    suas palavras encanta seus seguidores
    sabe como ajudar alguém
    tenho orgulho de ser sua filha
    de saber q posso contar contigo sempre q for necessário
    tenho orgulho de lhe chamar de mãe
    minha mãe, minha amiga, minha defensora,
    meu chão...


    obrigada por tudo minha Iyá.
    sua filha Dofona ti Osoosi.

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